Reter o pretérito: o dever de memória no romance Entre as memórias silenciadas

O objetivo deste artigo é analisar o romance Entre as memórias silenciadas, do moçambicano Ungulani Ba Ka Khosa, verificando em que medida algumas personagens – posicionando-se nas antípodas do discurso dominante propagado pela FRELIMO – defendem a conservação das tradições e se movem no sentido da preservação da memória, inclusive daquela marcada por eventos traumáticos, como foram os campos de reeducação no país recém-independente. A partir do exame da conduta das personagens, demonstraremos que o romance em questão cumpre o que Ricoeur denominou “dever de memória”. Para tanto, além das proposições do estudioso mencionado, nos serão de grande valia as formulações de Jacques Le Goff e Maurice Halbwachs e o estudo de Thomaz (2008).

Palavras-chave: Moçambique; Campos de reeducação; Memória; Tradição.


Autora do artigo

Carina Marques Duarte: Professora adjunta na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Graduada em Letras Português / Espanhol, Mestre em Literaturas Portuguesa e Luso-africanas, Doutora em Literatura Comparada com Estágio Pós-Doutoral em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa. Líder do Grupo de Pesquisa Literatura e Tempos Sombrios.




Para citar


DUARTE, C. M.. Reter o pretérito: o dever de memória no romance Entre as memórias silenciadas. Conexão Letras (UFRGS), v. 16, p. 113-132, 2021.


Site da revista: https://seer.ufrgs.br/conexaoletras/article/view/117081


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