Artigo presente nas páginas 8-16 do Caderno de Anais da XV Semana de Letras do CPAN, Editora UFMS (2024):
O texto visa analisar a representação de Antônio de Oliveira Salazar e do Estado Novo em dois textos literários: o poema “Antônio de Oliveira Salazar”, de Fernando Pessoa, e o romance A máquina de fazer espanhóis, de Valter Hugo Mãe. Para tanto, apoiamo- nos principalmente em textos de historiadores e em ensaios de crítica política do criador dos heterônimos. Os resultados indicam que o romance, escrito quando já haviam passado mais de trinta anos do fim do Estado Novo, sugere o modo como os tempos da ditadura devem ser lembrados. Mãe descreve pessoas amaciadas pela exaustão, e que o Salazarismo era como uma máquina passando por cima dos ombros do povo, uma máquina grande e complexa demais para que pudesse ser percebida no início. Prova dessa percepção tardia é visível através de Fernando Pessoa, que, mesmo tendo despertado ainda nos anos de 1930 para os problemas do governo de Salazar, passou por mudanças de opiniões, antes apoiadoras do Ministro das Finanças, até se tornar crítico do regime instalado.
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Autoras do artigo
Ana Beatriz Abreu de Souza (UFMS): Acadêmica do curso de Licenciatura em Letras / Português e Inglês do Campus do Pantanal da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Bolsista de Iniciação Científica (UFMS), atua no projeto ‘Metáfora e voz da tradição em tempos sombrios nas Literaturas de Língua Portuguesa” e integra o Grupo de Pesquisa Literatura e Tempos Sombrios.
Carina Marques Duarte (UFMS): Professora Adjunta de Literatura Portuguesa na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Líder do Grupo de Pesquisa Literatura e Tempos Sombrios.
Site com o os anais: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/8584
